João Martins (Jony)


A vida as vezes é imprevisível, quando a mãe de Jony estava com seis meses de gravidez, o local onde trabalhava sofreu uma tentativa de assalto, devido ao susto, ela entrou em trabalho de parto e foi socorrida as presas. Jony nasceu de seis meses e ficou alguns meses na incubadora, por negligencia do hospital, hoje além de ter paralisia cerebral, devido a interrupção da gestação, ele  ainda tem problemas com a visão causado pela luz da incubadora. Passou por diversas cirurgias e começou a andar com seis anos de idade, sofreu com preconceito na escola e na própria família, mas descobriu que poderia superar tudo isso através do teatro.  Com quinze anos de idade se apresentou em uma peça do colégio dirigida pelo ator e diretor Marcello Airoldi, que por sua vez foi quem o estimulou a dar inicio a sua carreira como ator.
 Aos 17 anos decidiu sair da escola (terminou com supletivo) para se dedicar ao teatro, se formou com o preparador de atores Beto Silveira. Fez uma ponta de dublagem em uma serie dirigida por Herbert Richers Jr. Hoje já formado tenta trabalhos com dublagem, pois quer se tornar o primeiro dublador com Paralisia Cerebral. Mostrando que a vida não para, e que não podemos nos abater pelas dificuldades, Jony estuda psicologia, pretende estudar gastronomia e língua de sinais, só por curiosidade. Além de levar sua historia para outras pessoas para desmistificar alguns aspectos sobre a sua deficiência, através do seu Blog “Na Cabeça do Jony, um blog sobre paralisia cerebral”, onde mostra que ser deficiente não significa  desistir da vida e não lutar pelos seus sonhos. 

 “Sempre achei muito chato, não poder fazer coisas comuns do dia-dia como: correr, andar de bicicleta, subir e descer escadas, sem amparo. Se não fosse pela minha deficiência eu seria bombeiro! Mas como não posso, comecei a olhar por outro angulo, pensando em certas coisas que as pessoas não fariam no meu lugar, nas minhas condições, -  não por serem incapazes -  mas por não serem estimuladas devido a deficiência. Então  pensei: "Já pensou que legal seria se fosse o primeiro dublador com paralisia cerebral?" As pessoas me chamam de maluco, por ter tantos sonhos assim, mas a graça da vida é essa, ninguém se sente limitado se tem vários sonhos e  se luta para realiza-los um de cada vez. No momento me dedico a faculdade de psicologia, mas assim que terminar volto a bater perna nos estúdios de dublagem, e continuarei me dedicando a cada um dos meus sonhos, estabelecendo metas e objetivos, para mostrar  que a deficiência não me atrapalha, só torna as coisas mais interessantes”.

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